domingo, 23 de setembro de 2012

Você conhece a história de Martin?


Uma história de autoajuda e crítica disfarçada de comédia romântica. Essa é a definição que mais se encaixa com o enredo do curta "Máquina de Sorvetes" do estudante da Faculdade de Artes do Paraná, Christopher Faust. 

"Máquina de Sorvetes" conta a história de Martin (Rafael Andrés Pittaluga), que há um ano trabalha com uma máquina expressa de sorvetes em frente a um mercadinho e, desde então, está apaixonado pela garçonete que trabalha na lanchonete do outro lado da rua, com quem nunca trocou uma palavra. Então, com a ajuda de uma garota asiática (Karen Shimabukuro), Martin finalmente cria coragem e vai falar com sua amada Sofia (Manoela Militão).


À primeira vista, o filme parece contar uma história bem morna sobre duas pessoas que se amam, mas nenhuma das duas tem coragem de se aproximar do(a) amado(a). Porém, vendo o filme um pouco mais a fundo, percebe-se que sua história um tanto exagerada e forçadamente cômica tem um ar de crítica às fórmulas consagradas das comédias românticas. Tanto que os flashbacks e o desafio que o cavalheiro tem que enfrentar para ficar com a mocinha, cenas tão batidas nos filmes do gênero, além de estarem presentes no filme, são levados ao ridículo.

Um outro aspecto do filme é da mensagem de autoajuda que ele passa a quem o assiste. Parafraseando a sinopse acima, "Máquinas de Sorvetes" conta a história de um rapaz totalmente desprovido de autoestima que se contenta em passar o dia observando sua amada já que não acredita ser capaz de conquistá-la. Até que um dia toma coragem e percebe que, se hesitasse um pouco mais, nunca teria sua amada em seus braços.

O que fica para quem assiste é o lembrete de que se deve tentar conquistar seus objetivos sempre, mesmo que haja a possibilidade de fracasso, antes que seja tarde demais. Além disso, ao vencer o "desafio", Martin prova que a inteligência e o amor conseguem vencer facilmente a riqueza e o poder.

"Máquina de Sorvetes" é um bom filme para passar o tempo, em que suas entrelinhas são facilmente lidas e não cansam nem confundem quem assiste ao filme. O destaque é para o personagem da garota asiática, que rouba a cena e acaba sendo uma coadjuvante muito mais interessante que o elenco principal.  

3 comentários:

  1. Deu até vontade de assistir, só pelo texto. Parece ser um bom curta :)

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  2. Escutem, por acaso, alguém aqui sabe como faço para falar com a Karen?

    É porque eu escrevi sete letras musicais falando sobre a cultura japonesa e quero muito a opinião dela, sabem?

    Quem puder me ajudar, meu e-mail é este aqui: saviochristi@bol.com.br.

    Desde já, grato!

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