sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Depois da Saideira



Sabe aquela expressão de “ir ao boteco e jogar ‘conversa fora’”? A Saideira brinca com esse fato quase rotineiro que pode se tornar palco de uma grande discussão. Baseado em um conto homônimo de André Calazans, o curta mostra como simples perguntas em mesa de bar podem abrir margem para divergências e mexer com sentimento mal resolvido.

A produção, dirigida em 2008 pelo estudante Diego Cavalcante - do curso de Realização Audiovisual da Unisinos de São Leopoldo, mostra dois amigos que se encontram em um bar. O modo de se tratarem aparenta uma relação respeitosa que, no transcorrer, degringola para a intimidade (indesejada, diga-se). A prosa inicia-se no futebol. Apesar das divergências relevam-se os posicionamentos para dar início a uma conversa mais pessoal, o trabalho. Os contrapontos, agora mais nítidos, começam a criar um mal estar que se encerrariam não fosse “mais uma dose”, pedida ao garçom. Perguntar não ofende, de acordo com um dito popular, embora indagar como vai a esposa de um dos rapazes descambou o diálogo para revelações de infidelidade de ambas as partes gerando tensão que só assistindo para saber o final da história. A televisão ligada no começo dá pistas de como o curta vai terminar. Fica a dica!

Para quem lê o conto fica a impressão de que a maneira como desenrola os diálogos poderia ter sido outro, a despeito da qualidade interpretativa. A ideia passada, entretanto, não fica prejudicada apresentando como coisas simples do cotidiano podem ganhar proporções inesperadas. Para quem quiser conhecer o conto original, vai o link: http://www.gargantadaserpente.com/coral/contos/ac_saideira.shtml.

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